28
de
November
de
2023

Entenda a diferença entre renda fixa e variável

Entenda a diferença entre renda fixa e variável

Entenda a diferença entre renda fixa e variável

Entre os investidores que estão iniciando sua jornada nos investimentos, a diferença renda fixa e renda variável é uma das primeiras, e mais importantes, dúvidas. De modo geral, a renda fixa é o investimento que se pode ter uma previsibilidade do seu retorno e seu prazo de duração. Na contramão, a renda variável conta com rendimentos mais imprevisíveis, pois é afetado por fatores macro e microeconômicos, fazendo com que os seus preços oscilem.  

O que é a renda fixa?  

Esse tipo de investimento apresenta regras de remuneração pré-estabelecidas no momento do aporte. Isso ocorre porque esse tipo de investimento possui data de vencimento previamente estabelecida juntamente com um indexador de rentabilidade, podendo ser uma taxa de juros especifica ou algum indexador como a taxa Selic ou o IPCA.  

Ao realizar esse tipo de investimento, na prática, você empresta dinheiro para o governo ou uma instituição financeira. Deixando o montante investido até a data estabelecida, o dinheiro será devolvido com juros. Caso seja retirado antes, pode ser que ocorra um deságio, ocasionando prejuízos.  

A remuneração paga pode ser pré-fixada, quando o montante total a se receber já é de conhecimento do investidor no dia da aplicação, ou pós-fixada, quando o valor investido é corrigido por alguma taxa de referência, geralmente a taxa DI ou Selic.  

Os ativos de renda fixa possuem um risco bem menor do que os de renda variável, exatamente pela previsibilidade do retorno total ou taxas. Existe ainda o Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que é uma proteção que funciona como um seguro para aplicações de até R$ 250 mil. Entretanto, o risco não passa a ser inexistente, dado que os emissores podem deixar de honrar com seus compromissos.  

Tipos de renda fixa  

Os títulos de renda fixa podem ser tanto públicos quanto privados. Os títulos públicos são emitidos pelo Tesouro Nacional e tem como intuito a captação de recursos para o Estado. Podendo ser utilizado para financiar a dívida pública brasileira ou direcionado para investimentos e projetos governamentais.  

Os títulos públicos de renda fixa são:  

  • Tesouro Selic;
  • Papéis do Tesouro prefixado com juros semestrais;
  • Tesouro prefixado;
  • Tesouro IPCA+ com juros semestrais.  

Os títulos privados são emitidos por empresas privadas ou bancos e funcionam de forma bem similar aos públicos. Você empresta o dinheiro para empresas e recebe com juros após o prazo estabelecido, mas nesse caso são emitidos para que as empresas possam investir e financiar projetos  

Neste grupo existe a subdivisão entre os títulos bancários e os corporativos. Os bancários são:  

  • Letra de Crédito imobiliário (LCI);
  • Recibo de Depósito Bancário (RDB);  
  • Certificado de Depósito Bancário (CDB);  
  • Letra de Crédito do Agronegócio (LCA);  
  • Letra Imobiliária garantida (LIG).  

Dentre os corporativos temos:  

  • Fundos de crédito privado;
  • Debêntures;
  • Debêntures incentivadas;
  • Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA);
  • Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI).  

Quando se fala em renda fixa, existem dois indexadores que sempre devem ser mantidos em mente, que seriam:

  • CDI: utilizado como referência de rentabilidade e se aproxima bastante da taxa Selic;
  • IPCA: O indicador mede a inflação e aponta a variação de preços ao consumidor. Para que ocorra um ganho real na operação, é necessário que supere o IPCA.

O que é a renda variável?

Como pode ser entendido pelo seu nome, a renda variável não prevê os rendimentos no momento da aplicação, dessa forma, o investidor apenas saberá o lucro – ou prejuízo – da operação no final dela.  

Essa maior variação e imprevisibilidade se dá pelo fato de os ativos serem precificados pela lei de oferta e demanda. A demanda por cada papel pode depender de diversos fatores, como inflação, cenário econômico e político, taxa de juros, entre outros.  

Dentro da renda variável é possível gerar lucro de duas formas:  

  • A primeira é pela valorização do ativo em questão;
  • A segunda forma é com a renda que pode ser gerada pelo ativo (proventos/dividendos).  

Diferentemente da renda fixa, na renda variável não existe um contrato que regula a operação. Uma empresa ou fundo não pode garantir que vai pagar um valor “X” de proventos ou que a ação/cota vai valorizar “X%” no ano.  

Tipos de renda variável

No mercado financeiro, entretanto, quanto maior for o risco tomado pelo investidor, maior tende a ser o potencial de retorno do ativo no longo prazo, e existem diversos produtos para explorar nesse âmbito, como:

  • Câmbio;
  • Ações;
  • Fundos de ações;
  • Fundos imobiliários;
  • Fundos de renda variável;  
  • Derivativos;
  • Mercado de opções;  
  • Commodities;  
  • Contratos futuros;  
  • Produtos agrícolas;
  • Fundos de índice (ETF).  

Dentro da renda variável temos como indicador mais relevante o Índice Bovespa, posto que o mesmo funciona como uma representação média das ações mais negociadas na Bolsa de Valores.

Principais diferenças

As diferenças aqui listadas não são, necessariamente, vantagens ou desvantagens, posto que, o mais recomendado é a criação de uma carteira equilibrada, que contenha tanto ativos de renda fixa como renda variável, reduzindo, dessa forma, o risco da carteira. As escolhas devem sempre seguir o perfil do investidor e estar de acordo com os objetivos esperados.  

1. Limites de ganho

Na renda fixa, tanto os ganhos quanto as perdas são limitadas pelo contrato pré-estabelecido no momento da aplicação. Neste caso, não existe a possibilidade de ganhos superiores ao acordado. Presumindo que não ocorra quebra de contrato antecipado, também não será recebido menos do que o acordado.

Na renda variável não existe um limite teórico de ganho e a perda tem o limite de zero – representando a perda total do montante investido.  

2. Segurança

Um aspecto crucial que confere maior segurança para os ativos de renda fixa é a proteção do FGC. Para montantes de até R$ 250 mil, é assegurado o ressarcimento no caso de insolvência do emissor.  

Tal segurança só é possível dentro dos ativos de renda fixa. Fato que fortalece a ideia de que essa classe de investimento se adequa melhor para investidores que tenham o perfil mais conservador.

 

3. Rentabilidade  

No caso da renda variável, na perspectiva do longo, a rentabilidade tende a ser mais alta, embora também contenha uma maior exposição a riscos. No curto prazo, todavia, é possível registrar prejuízos devido a maior volatilidade do mercado, onde os preços oscilam diariamente e são sensíveis ao sentimento dos investidores.  

Na renda fixa existem duas modalidades de rentabilidade: prefixada e pós-fixada. Na opção prefixada a remuneração permanece inalterada até o vencimento do título.  

No cenário pós-fixado, a rentabilidade está vinculada a um indexador. Quando esses indexadores aumentam, o retorno acompanha a elevação. O contrário também é verdadeiro.  

4. Riscos

A renda fixa, geralmente é vista como uma rentabilidade mais previsível, embora exista o risco de inadimplência em títulos privados. Nos títulos públicos essa chance é ainda menor, devido a solidez do governo.  

Na renda variável, além do risco de crédito, que também é presente na renda fixa, há o risco de mercado, que é influenciado por oscilações na oferta e demanda dos ativos e eventos macroeconômicos.  

5. Volatilidade

A volatilidadesão as oscilações dos investimentos. Essa é uma característica da renda variável e muito falada na Bolsa de Valores. Usualmente quanto mais volatilidade uma aplicação apresenta, maiores são os riscos. Na renda fixa isso não é muito expressivo e raramente afeta os seus rendimentos.

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